O prazo para realização dos Encontros Preparatórios do III Encontro Nacional de Educação (ENE) se encerra em 31 de março. O III ENE será realizado em abril, na cidade de Brasília (DF). O encontro além de construir uma proposta classista de educação, também debaterá a resistência aos ataques à educação. O tema do III ENE será “Por um projeto classista e democrático de educação”.
Os Encontros Preparatórios podem ser municipais, estaduais ou regionais. Alguns já foram realizados. É o caso do Rio Grande do Sul, que organizou um Encontro Preparatório Estadual em agosto de 2018. O evento ocorreu em Porto Alegre (RS) e armou docentes, estudantes e trabalhadores gaúchos para os debates que ocorrerão no III ENE.
O Maranhão também organizou seu Encontro Preparatório Estadual, na cidade de São Luís, capital do estado. O evento, realizado no final de novembro de 2018, foi precedido por uma série de debates. Entre eles, uma mesa sobre o financiamento da educação no país e uma mesa sobre direito à educação infantil e a condição feminina.
No Encontro Preparatório, os maranhenses assistiram à palestra “Por um projeto classista e democrático de educação” e depois se dividiram em grupos para debater os eixos temáticos do III ENE. Os eixos são: Conhecimento, Currículo e Avaliação; Financiamento da Educação; Formação de trabalhadores da educação; Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Questões Étnico-Raciais; Gestão/Organização do Trabalho Escolar; Organização da Classe Trabalhadora; Trabalho na Educação e Condições de Estudo; e Universalização da Educação, Acesso e Permanência.
Outro Encontro Preparatório realizado em novembro foi o do Oeste do Paraná. O evento ocorreu na cidade de Marechal Rondon. A atividade regional foi pensada para fortalecer a luta em defesa da educação pública a partir do oeste do Paraná. Um dos objetivos foi reinserir na pauta de luta a defesa da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) na atual conjuntura. Por conta disso, foi realizada a mesa “Educação e Integração”, com a participação de Geranilde Costa, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), de Patricia Mechi e Andreia Moassab pela da Seção Sindical do ANDES-SN na Unila (Sesunila-SSind) e da estudante da Unila, Marian Leguizamón.
O governo federal cogitou extinguir a Unila em 2018. A resistência da comunidade acadêmica, no entanto, manteve a universidade funcionando e impediu a extinção.